A revista “The Economist” desta semana traz uma análise da crise política no Brasil – a queda de quatro ministros em menos de oito meses de mandato – e chega à conclusão de que a presidente Dilma Rousseff está diante de um dilema. Segundo o periódico, ou Dilma prossegue com sua “faxina” nos ministérios, ou mantém uma base aliada minimamente coesa que não lhe impeça de lidar com questões econômicas, ainda mais no atual contexto de crise internacional. “Quase oito meses depois de assumir a Presidências, Dilma Rousseff encontrou-se sugada no pântano político que é Brasília”, diz a revista. Com a demissão de autoridades envolvidas em denúncias de corrupção, Dilma começa a estampar sua marca no governo, segundo a revista, mas ao mesmo tempo “gera tensão em sua coalizão, que está em ruínas”. Para a revista, Dilma sofre uma “rebelião” de membros da base aliada, que pode, em retaliação, usar o Congresso para dificultar a atuação do governo na economia. Uma forma de se vingar seria aprovando emendas constitucionais que gerem grandes aumentos de gastos públicos. Por exemplo, uma que prevê salário mínimo nacional para policiais e bombeiros, ou outra que projeta aumento de gastos com saúde. Outra retaliação seria acabar com a Desvinculação da Receita da União, mecanismo que, desde 1994, permite ao governo manejar com certa liberdade 20% das despesas federais. Na opinião de assessores de Dilma, sem a DRU o Brasil ficaria indefeso diante da crise internacional. Para a “Economist”, a faxina torna Dilma mais popular na classe média. No entanto, mais importante para a popularidade da presidente é manter a inflação sob controle e ao mesmo tempo garantir que a economia resfrie sem gerar estagnação. Essa é a tarefa que o Congresso pode tentar impedir que ela execute.
Harry Shibata, o legista da ditadura Nelson Teich pediu demissão nesta sexta-feira após um processo de fritura que incluiu seu linchamento pelas milícias virtuais. Ex-ministro Nelson Teich Foi “o dia mais triste” da sua vida, definiu. “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”. Bolsonaro defende o medicamento de maneira doentia, sem qualquer base científica. Há interesses econômicos — a Apsen, empresa farmacêutica que produz o medicamento, é de um empresário bolsonarista chamado Renato Spallicci. Há também uma necessidade doentia de tentar encontrar uma “cura” e o presidente da República ser o milagreiro. Bolsonaro pôs a faca no pescoço de Teich. “Votaram em mim para eu decidir. Acredito no trabalho dele, mas essa questão eu vou resolver”, disse o presidente Bolsonaro (psicopata) numa live com empresários. Teich havia escrito no Twitter que “a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com bas
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