Trinta e cinco trabalhadores rurais foram encontrados, nesta quinta-feira (10), em condições precárias de trabalho em uma fazenda de café no município de Camacan, no sul baiano. Além de não contarem com equipamentos de proteção individual, sanitários, nem água potável durante a jornada, os lavradores recebiam menos do que um salário mínimo, com remuneração média de R$ 120 por semana. A ação criminosa foi descoberta na última segunda-feira (7) por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante uma ronda em função dos conflitos de terra no município de Pau Brasil, os policiais localizaram quatro jovens na margem da estrada, e ao serem abordados, eles contaram que trabalhavam em uma propriedade nas proximidades. O caso foi denunciado ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A partir daí, uma força tarefa entre MPT de Itabuna, a Gerência do Trabalho e Emprego e a PRF foi montada. De acordo com o MPT, o grupo trabalhava em sistema de produtividade e não tinham registro do contrato em carteira de trabalho. Todos eles residiam no povoado de Panelinha, localizado próximo da sede da fazenda. Segundo a procuradora Cláudia Soares, que participou da operação junto com a procuradora Vanessa Rodrigues e com os auditores Júlio César Cardoso e Eferson Gomes, “as condições em que o grupo de lavradores estava trabalhando eram precárias, até muito próximas de uma condição análoga à de trabalho escravo". O proprietário da fazenda, Ronaldo Cardoso de Almeida, foi intimado a comparecer ao MPT de Itabuna no próximo dia 29 de maio.
(BN)
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