Uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados chamou a atenção na quinta-feira (22). Com um parlamentar presidindo e apenas um assistindo, foram aprovados mais de cem projetos em três minutos. A sessão foi registrada pelo celular do jornalista Evandro Éboli, do jornal O Globo. O terceiro vice-presidente da comissão, César Colnago (PSDB-ES), anunciou: “Havendo número regimental, declaro aberta a reunião ordinária da Comissão de Constituição de Justiça e de Cidadania”. Mas no plenário estava apenas o deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba. “Não havendo quem queria discutir, e em votação, os deputados que forem pela aprovação permaneçam como se encontram. Aprovado”. Em três minutos e 11 segundos, os dois deputados aprovaram 118 projetos sobre acordos internacionais, concessão de serviços de radiodifusão e a regulamentação da profissão de cabeleireiro. No fim da sessão, o deputado César Colnago brincou: “Depois dizem que a oposição não ajuda". Entre titulares e suplentes, a CCJ tem 122 deputados. É a comissão mais prestigiada da Câmara. Ela decide se os projetos de lei obedecem a Constituição e as demais leis do país. Pela comissão, passam todas as propostas sobre direitos humanos, garantias fundamentais e organização dos poderes. César Colnago disse que 35 deputados assinaram a lista de presença e depois foram embora. “A sessão é válida porque ela está dentro do script do regimento, mas, com certeza, isso não contribui para o debate e principalmente para as decisões, muitas vezes importantíssimas, que a CCJ toma”, justificou César Colnago. O cientista político Otaciano Nogueira vê o caso como um exemplo da falta de compromisso dos deputados. “Realmente soa como deboche, como desprezo pela opinião pública, como uma afronta. E isso não desqualifica só quem pratica o ato, desqualifica toda a instituição. (Fonte: JN)
imagem da internet A votação do projeto de lei que prevê passe livre para deficientes físicos em ônibus intermunicipais, encaminhado para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) pelo governador Jaques Wagner (PT), foi adiada para 2012. A retirada da matéria da pauta gerou protesto de cerca de 100 deficientes físicos que acompanhavam a sessão nesta terça-feira (20). O grupo tentou ocupar o plenário da Casa para forçar a votação, mas a manifestação foi contida por seguranças. Segundo o líder do governo na Assembleia, deputado Zé Neto (PT), o projeto não foi votado por falta de acordo entre os parlamentares para dispensa de formalidades, como a tramitação pelas comissões. De acordo com informações do jornal A Tarde, a oposição à proposta partiu da própria bancada do governo, especialmente do deputado Ronaldo Carletto (PP), que também é empresário do setor de transporte intermunicipal.
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