Com 64,9% da população com 12 anos ou mais no país imunizada e a média móvel de mortes em queda, a vacinação vem demonstrando sua força no enfrentamento da pandemia da Covid-19.
Desde agosto deste ano, 75 municípios não registraram novos casos nem óbitos provocados pela doença, segundo levantamento feito pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, com base em números repassados pelo Ministério da Saúde.
Para o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro, mais do que a contenção de casos, a importância da imunização vem sendo comprovada com os baixos números no indicador da média móvel de mortes do país. “Isso só demonstra que a vacina é realmente a nossa melhor estratégia para enfrentamento. Não tem cura milagrosa, tem ciência”, ressalta.
“Mesmo que uma população não esteja 100% vacinada, quando alcançamos a marca de 80% das pessoas imunizadas vemos o impacto da vacina realmente acontecer. Isso é o que chamamos de ‘imunidade coletiva’. Esse é um número ‘mágico’ da ciência, pois 100% é um índice difícil de ser alcançado, já que pessoas podem não ter a opção de se vacinar por indicação médica. E é por isso que, quem pode, deve se vacinar”, explica Ribeiro.
Apesar do avanço, cientistas ainda pedem cautela nas liberações. Recente Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (4/11), registra que não recomenda a volta irrestrita de eventos sociais com aglomeração. Para os pesquisadores, é necessário atingir pelo menos 80% da cobertura vacinal contra Covid-19 para que esse tipo de encontro possa ser realizado com segurança.
Na última sexta-feira (5/11), dados sobre a Campanha Nacional de Imunização mostraram que 64,9% da população com 12 anos ou mais no país está totalmente vacinada contra a Covid-19, enquanto 84,9% tomaram a primeira dose da vacina. Segundo o Ministério da Saúde, 344.188.826 doses de imunizantes já foram distribuídas no território nacional.
(Metrópoles)
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