(Foto: Reprodução)
Mesmo tendo a maior biodiversidade do planeta, o Brasil fatura muito pouco. As farmacêuticas estrangeiras é que fabricam remédios com moléculas que vêm daqui.
Em toda a história, o país só desenvolveu dois medicamentos 100% nacionais. Um anti-inflamatório e um remédio contra a impotência.
O Fantástico conversou com pesquisadores, que explicaram que as universidades brasileiras não têm condições de pagar a conta do desenvolvimento de um medicamento. E o governo nem financia a indústria nacional nem dá mais dinheiro para as universidades; ao contrário, corta.
O orçamento do CNPq – a principal agência de fomento à pesquisa – que era de R$ 2,7 bilhões em 2014, foi caindo a menos da metade em sete anos. O orçamento de 2021 é de R$ 1,2 bilhão.
Foi da peçonha da jararaca brasileira que saíram dois dos remédios mais vendidos do mundo contra hipertensão e problemas cardíacos, o captopril e o enalapril. A indústria estrangeira que detém a patente deles fatura o equivalente a R$ 55 bilhões por ano. Nove vezes o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para o ano de 2021, que é de pouco mais de R$ 6 bilhões.
O glaucoma, que atinge 65 milhões de pessoas no mundo e pode causar cegueira, é outra doença tratada a partir de uma molécula da biodiversidade brasileira.
(Do G1)
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