O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado aprovado nesta terça-feira (26) poupou figuras com papel central nas políticas, ações e omissões do governo federal no combate à pandemia.
Uma das ausências mais sentidas foi a do ministro Paulo Guedes. A ida do "Posto Ipiranga" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à CPI foi um dos primeiros temas que causou divergência entre a oposição e a tropa de choque bolsonarista na comissão, antes mesmo dela ser instalada, em abril.
A blindagem a Guedes quase foi rompida pouco antes do recesso parlamentar, em julho, após a revelação de novos casos que apontam um suposto papel do Ministério da Economia no atraso na compra de vacinas e no incentivo à imunidade de rebanho. Renan Calheiros chegou a defender a votação do requerimento de convocação no retorno aos trabalhos da comissão. O requerimento, contudo, não foi à frente.
Outro "esquecido" pelo relatório final de Renan é o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. O integrante da equipe econômica chegou a confirmar que a pasta defendeu a tese de “imunidade de rebanho”, segundo a qual o aumento no número de casos de infectados por coronavírus agilizaria a imunização. A ideia tem ineficácia comprovada e contraria a Organização Mundial de Saúde (OMS).
(Brasil de Fato)
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