Ex de Bolsonaro: De rachadinha a influência no Planalto, o que Ana Cristina pode esclarecer na CPI da Covid
As suspeitas em torno de Ana Cristina podem causar dor de cabeça à família Bolsonaro. Ela apontada como uma das organizadoras do esquema de rachadinha nos gabinetes dos filhos mais velhos do presidente: Flávio, na época deputado estadual na Alerj, e Carlos, vereador pelo Rio. Além disso, há a suspeita de que Ana Cristina tenha cometido tráfico de influência ao usar sua proximidade do ex-secretário-geral da Presidência e a atual ministro do Tribunal de Contas da União, Jorge Oliveira, para apontar nomeações a cargos públicos que seriam indicadas por Marconny.
Além disso, há também as evidências da proximidade entre o lobista, Ana Cristina e o filho dela com o presidente, Jair Renan Bolsonaro. Em seu depoimento à CPI, na quarta-feira, Marconny admitiu ter usado o camarote do filho “04” e que o orientou sobre abertura de empresa.
Ana Cristina foi casada com Bolsonaro entre 1998 e 2008. Mãe de Jair Renan, ela foi chefe do gabinete de Carlos, o “02”, na Câmara Municipal do Rio entre 2001 e 2008, com um salário médio de de R$18.200, em valores corrigidos pelo IPCA.
Ela foi acusada por Marcelo Nogueira, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na época em que era deputado estadual, de ter organizado o esquema de devolução de salários no gabinete do parlamentar na Alerj e do Carlos na Câmara do Rio. O caso foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, que noticiou ainda que Ana Cristina deixou o comando das “rachadinhas” após seu marido na época, Bolsonaro, descobri que ela tinha um caso extraconjugal. Seu sucessor foi o policial reformado Fabrício Queiroz, também investigado no caso.
O esquema envolvia diversos parentes e amigos de Ana Cristina e da família Bolsonaro. O caso rendeu uma denúncia do Ministério Público (MP-RJ) contra Flávio — que hoje é senador — por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Além disso, recentemente, Ana Cristina e Carlos tiveram os sigilos quebrados num inquérito que apura a suposta existência de funcionários fantasmas no gabinete de parlamentar.
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