Os EUA iniciaram, na semana passada, a maior deportação de imigrantes ilegais em sua história recente. Mais de treze mil haitianos estão sendo retirados do país, e pelo menos sete voos diários são realizados nessa operação — a maioria dos haitianos não são informados sobre o destino, algo que seria impensável na gestão de Joe Biden. Daí as revoltas que estão ocorrendo durante as viagens ou quando os passageiros percebem que chegaram de volta ao aeroporto de Porto Príncipe, capital haitiana.
A tripulação atira as bagagens pelas portas e janelas. A polícia norte-americana também bloqueou a fronteira com o México, na região da Ciudad Acuña, onde imigrantes haviam montado acampamentos. Para impedir a entrada nos EUA, agentes da fronteira, montados em cavalos, os laçam e os puxam — lembrando cenas de clássicos filmes de faroeste.
A Casa Branca declarou que tal forma de atuação é “terrível”. Em se tratando de uma nação que tem Biden como chefe de Estado, a nota oficial é meramente protocolar — é mais ao estilo conservador que ao democrata. Já a congressista Ihan Omar, também democrata, foi explícita: “é crueldade, trata-se de abuso dos direitos fundamentais. É violação das leis internacionais”.
O Secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, afirmou que os fatos serão investigados, mas alertou: “se você vier ilegalmente para o país será devolvido; e você estará colocando a sua vida e a de sua família em situação de perigo”.
(ISTOÉ \ Antonio Carlos Prado e Mariana Ferrari)
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