O presidente Jair Bolsonaro se irritou com um apoiador no cercadinho do Palácio da Alvorada nesta quarta-feira 15. O bolsonarista reclamava de uma portaria do Inmetro, presidido pelo coronel do Exército Marcos Heleno Guerson de Oliveira Júnior. O tom da cobrança enervou o ex-capitão.
“Espera aí um pouquinho, pessoal. Olha só a maneira de falar. É igual em casa. Eu posso chegar com ‘meu amor’ e resolver o assunto. Quando o cara vem com “ô”, aí dá problema”, disse Bolsonaro ao apoiador.
“Não é assim. Você está gravando e quer usar no seu meio. Eu vou resolver esse assunto, mas não dessa forma. Não vou mais falar contigo. Não dessa forma que você está falando comigo. Se tiver educação, eu resolvo qualquer problema”, acrescentou. Na sequência, Bolsonaro ligou para o coronel Guerson e, supostamente, esclareceu a situação.
Minutos depois, o presidente voltou a se irritar com apoiadores – desta vez, com “conversas paralelas”.
“Dá pra aproveitar um pouco da conversa? Falar com o presidente é mole, fala a qualquer hora, mas peço para aproveitar um pouco da conversa”, disse Bolsonaro ao pedir silêncio.
A seguir, declarou que não falaria “muita coisa aqui”.
“É só lembrar um pouquinho de 5, 10, 15 anos atrás, ver como era o Brasil e como é hoje em dia”, acrescentou.
Bolsonaro continua mentindo na tentativa de enganar a população, todavia, seu alcance tem sido cada vez mais limitado ao seu "cercadinho".
Fato
Em 2011, sob o governo de Dilma Rousseff, o País registrou a taxa de desemprego mais baixa da série histórica até então, de 6,7%, segundo dados do Pnad. Neste ano, País fechou o 2º trimestre com o desemprego em 14,1%, de acordo com o IBGE.
O Brasil deixou o ranking das 10 maiores economias do mundo e caiu para a 12ª colocação, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, motivado pelo tombo do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,1% – a maior queda na série histórica do IBGE, iniciada em 1996.
Em 2019, antes mesmo da pandemia, o governo Bolsonaro já havia deixado o Brasil na 9ª posição. De acordo com o ranking, o Brasil foi superado em 2020 pelo Canadá, Coreia do Sul e Rússia.
Em 2002, quando ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições, o Brasil ocupava a 13ª posição no ranking global de economias, medido pelo PIB em dólar. Após os mandatos do PT, o país chegou a 6º, em 2011, desbancando a Grã-Bretanha. Até 2014, já no governo Dilma Rousseff, se manteve na 7ª posição.
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