Apesar de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter afirmado, na semana passada, que sugeriu ao presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, não aplicar reajuste nos combustíveis toda vez que houver variação no dólar e no barril do petróleo, a estatal voltou a anunciar aumento no preço da gasolina.
Conforme comunicado da companhia divulgado ontem, o litro da gasolina passará de R$ 2,69 para R$ 2,78 nas refinarias a partir de hoje. É o nono reajuste no ano e o segundo aumento nos preços do combustível na gestão de Luna. Seu antecessor, Roberto Castello Branco, tentava corrigir a defasagem de preços entre os mercados interno e externo de forma mais frequente, o que não agradava a Bolsonaro, que o demitiu em fevereiro.
O reajuste anunciado ontem, representa alta de 3,34%.
De acordo com Andre Braz, analista de inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o combustível se mantém entre os principais vilões da inflação. Ele estimou que o novo reajuste deverá ter impacto de 1% a 1,5% para o consumidor, o que poderá representar alta de 0,06 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o IPCA acumula alta de 8,99% em 12 meses até julho, os preços da gasolina e do etanol saltaram, respectivamente, 39,65% e 57,27%, no mesmo período.
(Correio Braziliense)
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