Com histórico de problemas de gestão e corrupção na Saúde, o Estado do Amazonas é o primeiro a apresentar sinais de colapso no sistema público com o avanço da covid-19 e corre contra o tempo e a escalada no números de infectados e óbitos para aumentar a quantidade de leitos clínicos, de UTIs e de profissionais da saúde na linha de frente no atendimento aos pacientes.
A correria é para que o sistema de saúde, que já era pressionado pela rotina e agravou com os casos da covid-19, não sucumba antes do pico de infecções no Estado, previsto para a última semana de abril e primeira semana de maio, de acordo com a Fundação de Vigilância Sanitária (FVS).
Em uma semana, os casos confirmados da doença no Estado aumentaram 192% e os registros de óbitos subiram 360%. Na segunda-feira passada, dia 6, o número de infectados confirmados era de 532 e saltou para 1.554 casos confirmados, anunciados nesta quarta-feira, 15. Já o número de óbitos há sete dias totalizava 23 e o número total de pessoas mortas por infecção de coronavírus foi para 106, sendo que algumas outras ainda estão em investigação.
Estes dados colocam o Amazonas na fase de "aceleração descontrolada" do novo coronavírus, segundo definição do Ministério da Saúde. O Estado tem a maior taxa de incidência da doença para cada 100 mil habitantes. Enquanto a taxa nacional é de 7,5 casos por 100 mil habitantes, a do Amazonas, segundo informações divulgadas na semana passada pelo Ministério da Saúde, era de 19,1 casos para cada 100 mil habitantes.
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