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Casos de coronavírus em cidades da Bahia tem crescido nos últimos dias. A situação tem deixado prefeitos e secretários de saúde municipais) de “cabelos em pé”. Em Jequié não é diferente. Em contato com o site Bocão News, neste sábado (28), Vitor Lawinsky, gestor de Saúde do município narrou as dificuldades e a falta de recursos federais e do estado no combate a pandemia.
“Por aqui está bem difícil. Até agora de novos recursos [recebemos] somente 244 mil reais de uma ação na justiça federal, oriunda de condenação de ex-prefeitos daqui. For isso, nada, zero. Nem testes para toda nossa população não dispomos. A orientação do governo federal é somente testar casos mais gravosos. Sem falar na falta de EPIs. Tudo que tínhamos já disponibilizamos. E não estamos conseguindo comprar”, revelou.
Ele ainda citou o superfaturamento de empresas que produzem essenciais para o combate. “As poucas empresas que dispõem destes materiais estão com preços superfaturados. Uma caixa de máscaras cirúrgicas que custa entre 10 e 15 reais, somente achamos por 300 reais, com 50 unidades. O governo federal antecipa a campanha de vacinação contra o H1N1, e não manda para o município o quantitativo suficientes de doses. Aqui, por exemplo, nossa população de idosos beira 43 mil e só recebemos 12.500 doses. Logo, somente funcionamos essa semana até quarta feira”, lamentou.
Sobre ajuda do governo estadual, o secretário também afirmou que não tem recebido recursos financeiros. “Ao menos estamos traçando estratégias junto com o Estado. Já estamos articulando a criação de um pronto atendimento para pacientes com Covid-19. E também ficaram de mandar alguns EPIs para o município esta semana e orientando quanto a necessidade de isolamento social, dentre outras medidas”, reforçou.
Já as medidas adotadas pela prefeitura da cidade destacam-se, decreto suspendendo o funcionamento de escolas públicas e privadas, fechamento do comercio local, com exceção de atividade essenciais; ações de limpeza nas UPAs, hospitais e feira livre; Disque Covi-19 para tirar dúvidas da população; reestruturação da atenção básica do município”, reforçou.
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