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Mais de 80 entidades, nacionais e estrangeiras, se uniram para apresentar às Nações Unidas uma denúncia contra o desmonte do sistema de proteção aos direitos humanos no primeiro ano de governo Bolsonaro. A informação é do jornalista Jamil Chade. Correspondente em Genebra, ele alerta que a iniciativa é um “ato raro” diante da comunidade internacional.
Entre as entidades que se posicionaram contra os desmandos do presidente de extrema-direita estão a Ordem dos Advogados do Brasil, o Instituto Vladimir Herzog, a Amazon Watch, o Instituto Ethos, Artigo 19, Conselho Indigenista Missionário, Society for Threatened Peoples e Conectas, entre outras.
Elas afirmam na denúncia ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que Bolsonaro faz “graves ataques” e toma medidas que “corroem o estado de direito e a democracia no País”.
A paralisação das demarcações de territórios indígenas, o discurso de ódio, as políticas conservadoras, as reformas que retiram direitos dos trabalhadores, as queimadas na Amazônia, o desrespeito com a imprensa. Toda a agenda de Bolsonaro foi criticada.
“Nos últimos 30 anos, denúncias e críticas foram apresentadas contra os diferentes governos brasileiros. Mas jamais colocando em questão a própria democracia e a existência do espaço cívico. Nos corredores da ONU e salas de reuniões, o governo brasileiro vive uma pressão inédita em seu período democrático, com relatores da entidade, ONGs brasileiras e estrangeiras, ativistas e líderes indígenas se sucedendo em críticas ao desmonte dos mecanismos de proteção aos direitos humanos no país”, narrou Chade.
(Jornal GGN)
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