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POLÍTICA: "nunca os governadores estiveram tão unidos", diz João Doria

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que o presidente Jair Bolsonaro ainda não respondeu a carta enviada por 20 governadores brasileiros após o presidente acusar o governador da Bahia, Rui Costa (PT), pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega. O governador almoçou hoje com o governador do Rio, Wilson Witzel, acompanhado dos ex-assessores da campanha de Bolsonaro, Paulo Marinho e Gustavo Bebiano.

Além do almoço com Witzel, onde tratou de outras questões como pacto federativo, turismo e segurança, o governador de São Paulo vai participar de mais dois eventos no Rio: o campeonato de tênis Rio Open e o desfile das escolas de samba do Grupo Especial na noite deste domingo.

Segundo Doria, os governadores reunidos no Fórum recém-criado concordaram em esperar até depois do Carnaval para ter uma resposta à carta enviada por eles na semana passada na qual acusam Bolsonaro por fazer declarações que ferem a democracia brasileira. Se a resposta não vier, porém, uma segunda carta poderá ser enviada. De acordo com Doria, "nunca os governadores estiveram tão unidos", e que isso seria responsabilidade das próprias declarações de Bolsonaro.

O grupo de governadores tem conversado diariamente por Whatsapp, segundo o governador paulista, que manifestou preocupação também com o que está ocorrendo no Ceará, onde policiais estão envolvidos em um motim que resultou inclusive em disparos contra o senador licenciado Cid Gomes. Doria afirmou que "miliciar a polícia tira a legitimidade da categoria e é uma afronta à Constituição".

"A situação do Ceará nos preocupa. Pensamos em fazer uma nova carta (a Bolsonaro), mas achamos melhor ouvir o presidente Bolsonaro sobre o que já formulamos", disse Doria, afirmando que se o presidente não responder os governadores irão provocá-lo novamente.

"Não podemos desbalancear um equilíbrio que a sociedade tem com a polícia", afirmou.

O governador também classificou de "inoportuna" a convocação de uma manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro e contra supostas chantagens do Congresso no dia 15 de março. A mobilização de apoiadores do presidente ocorre após o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, criticar o Congresso, acusando-o de chantagem.

"Não vivemos uma escalada de autoritarismo, vivemos numa democracia e o regime democrático prevê respeito pelos poderes, e nós (governadores) representamos o Poder Executivo. Ele (Bolsonaro) tem que representar o que uma República, uma democracia espera de um presidente da República", disse Doria.

Doria ressaltou que um presidente da República não pode governar apenas para quem pensa como ele ou é leal a ele, ou os "que o seguem nas redes sociais". Segundo o governador, "contrariar isso é afrontar a democracia, o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Poder Executivo".

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