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LULA e o PAPA: Efeitos políticos e religiosos do encontro entre dois líderes

Reprodução
Reunião no Vaticano vai além de troca de gentilezas entre dois líderes sul-americanos. Para especialistas, audiência tem repercussões para o ex-presidente, o PT e a própria Igreja Católica, que vive disputa de poder.A reunião entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Francisco nesta quinta-feira (13/02), no Vaticano, foi mais do que uma troca de gentilezas entre um líder político e um líder religioso latino-americano. O encontro tem repercussões simbólicas para o petista, que enfrenta processos judiciais, e influi na disputa de poder dentro da própria Igreja Católica, que tem no Brasil o país com o maior número de fiéis.

A relação entre Lula e Francisco se fortaleceu no período em que o ex-presidente estava na prisão, em Curitiba, por meio de troca de cartas. Em maio de 2019, respondendo ao petista, o pontífice pediu para que ele "não desanimasse e continuasse confiando em Deus", mencionando "duras provas" vividas por Lula, como a morte da mulher, Marisa Letícia, do irmão Genival Inácio e do neto Arthur.

Ao solicitar a audiência com o papa, Lula afirmou que gostaria de agradecer ao pontífice pela "solidariedade" prestada a ele e por sua dedicação ao "povo oprimido". O presidente da Argentina, Alberto Fernández, que esteve com Francisco em 31 de janeiro, ajudou a promover o encontro entre os dois.

Após a reunião com o papa nesta quinta-feira, Lula disse, em suas redes sociais, que os dois aproveitaram o momento para "conversar sobre um mundo mais justo e fraterno".

Citado pela imprensa brasileira, o ex-presidente afirmou ainda que saiu "muito satisfeito" do encontro. "Acho que se todo ser humano, ao atingir os 84 anos, tiver a força, a disposição e a garra que ele tem, e levantar temas importantes para o debate, eu acho que a gente pode encontrar soluções [para os problemas mundiais] de forma mais fácil."

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