Valter Campanato/Agência Brasil |
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 31, que uma eventual repatriação de brasileiros que estão na China, epicentro do surto do novo coronavírus 2019-nCoV, só será feita se houver garantia que os cidadãos passem por uma espécie de quarentena. Bolsonaro ressaltou, porém, que o ato depende de articulação prévia com o Legislativo e o Judiciário, porque o Brasil não tem uma lei que ampara esse tipo de situação.
O presidente reuniu-se no Palácio da Alvorada com os ministros Luiz Mandetta (Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) para discutir medidas em relação ao coronavírus.
O presidente ressaltou que esse tipo de operação de repatriamento de brasileiros envolve custos e citou ainda que um voo fretado pode custar até 500 mil dólares. Segundo ele, quem não quiser se submeter a uma avaliação de saúde, não seria trazido para o Brasil.
Ao mencionar outra dificuldade desse tipo de operação, Araújo ressaltou ainda que a região da China mais contaminada está fechada para a saída e teria que haver uma espécie de negociação com autoridades daquele país.
Mandetta, por sua vez, disse que hoje um caso altamente suspeito no país foi descartado após três exames testarem negativo. Segundo ele, ao que tudo indica, esse vírus tem um nível de transmissão maior do que outros similares, mas uma letalidade menor.
Em balanço divulgado nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde analisa 12 casos suspeitos, mas nenhum foi confirmado. O Brasil não vai mudar a conduta que tem tido por causa da declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS) de decretar emergência global a epidemia de coronavírus. Mandetta disse que, caso algum caso seja confirmado no país, pode ser decretado emergência de saúde nacional.
Por VEJA.com.br
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