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Pela primeira vez em sete anos, o país registrou alta de mortos nas rodovias federais. Em 2019, o crescimento foi de 1,2% frente ao ano anterior para 5.332 casos e interrompeu uma tendência de quedas sucessivas observadas nas vias entre 2012 e 2018. É o que aponta um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) a partir de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em 2019, os acidentes graves também subiram. Os registros passaram de 53.963, em 2018, para 55.756. As vias federais tiveram 2.526 feridos a mais na comparação com 2018. Já os acidentes sem vítimas caíram de 15,2 mil para 11,6 mil.
Os casos graves estavam em queda consecutiva desde 2013. A tendência de crescimento dos acidentes com vítimas já havia sido revelada em reportagem do GLOBO de novembro. Especialistas alertam que os casos com mortos e feridos costumam ter relação com o excesso de velocidade.
No ano passado, o governo do presidente Jair Bolsonaro reduziu a fiscalização de velocidade nas vias federais. Contratos que garantiam o funcionamento de 2.811 radares fixos que operavam nas estradas sob responsabilidade do Departamento Nacional de Trânsito (Dnit), que representam mais de 90% da malha federal, não foram renovados por decisão do presidente. A maioria foi desligada em março. O GLOBO mostrou que, em setembro, havia apenas 439 radares em funcionamento nessas vias. Após a Justiça Federal do Distrito Federal determinar o retorno dos equipamentos, o governo fechou um acordo para instalar 1,14 mil radares fixos.
Por, Agência O Globo
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