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O Ministério da Saúde informou nesta tarde que chegou a nove o número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil, sendo três no estado de São Paulo. Segundo a pasta, não há nenhum caso confirmado no país até o momento. Os outros casos suspeitos estão em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Santa Catarina (2), Paraná (1) e Ceará (1).
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, o país teve 33 notificações ao todo, mas as demais foram rejeitadas. "Os nove casos que se enquadraram na definição de suspeito viajaram para China. Nenhum foi de pessoa que teve contato com outro suspeito. Todos os nove se enquadram nessa definição", considerou diretor do departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Júlio Croda. Em todo mundo são 6.065 casos, com 132 mortes, a maioria na China, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). A organização corrigiu o nível de alerta para "muito alto na China", "alto" em nível regional e no resto do mundo.
"Estamos em emergência de saúde pública. Não podemos perder a oportunidade de intervenção. A notificação (de suspeita) deve ser imediata e pode ser feita por diversos meios de comunicação", declarou Croda.
Croda também alertou para o fato de que o vírus não apresenta um sintoma próprio, sendo fácil confundi-lo com outras infecções. Ainda assim, disse ser "difícil" que uma pessoa contraia mais de um, como no caso de um paciente que teve a suspeita de coronavírus descartada após receber um diagnóstico de H1N1, Os coronavírus causam infecção respiratória em animais e humanos. Os tipos mais comuns do vírus causam doenças respiratórias leves como resfriados, mas em alguns casos podem resultar em infecções mais graves como Sars (síndrome respiratória aguda, em português).
Carnaval e viagem à China
Durante a coletiva, o secretário-executivo do ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, foi questionado sobre como serão os procedimentos da pasta em relação ao Carnaval. Reis afirmou que, até o momento, não há nenhuma determinação específica sobre o período festivo, e que não há "nenhuma decisão de interferência ou intervenção mais drástica em relação ao Carnaval". "Esse é um processo em que todos nós estamos aprendendo. Nenhum de nós tem a possibilidade de responder qual velocidade que esse possível surto vai se desenvolver no país. A gente não tem elementos para fazer essa projeção", disse Reis, complementando em seguida: "Vamos comunicar as pessoas.
Do UOL.
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