FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO |
O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, relatou em sua delação premiada que o presidente Michel Temer deu aval a uma operação para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. Joesley teria gravado o diálogo com Temer, ocorrido no dia 7 de março, no Palácio do Jaburu. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira, 17, pelo site do jornal O Globo e confirmada pelo Estado.
Segundo o jornal, o empresário disse ao presidente que estava pagando mesada a Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara, para que ambos ficassem em silêncio sobre irregularidades envolvendo aliados. “Tem que manter isso, viu?”, teria afirmado Temer ao empresário. Joesley e seu irmão Wesley Batista firmaram um acordo de delação premiada. As gravações foram entregues à Procuradoria-Geral da República.
Em nota, o Palácio do Planalto confirmou o encontro de Temer com Joesley, mas afirmou que o presidente “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio” de Cunha. “Não participou nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.”
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