Foto: Pedro França / Minc |
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio cabral, recebia 5% de propina dos contratos de compra de equipamentos para a saúde. O percentual foi revelado pelo delator da operação Fatura Exposta, deflagrada nesta terça-feira (11), Cesar Romero Vianna. Segundo o colaborador, dos valores contratados para a importação de equipamentos pela pasta, ele ficava com 1%, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado com 1% e Sérgio Cortes recebia 2%.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, Cortes ainda embolsava percentual maior, já que além dos 10% pagos ao "esquema Cabral", cerca de 40% do total era rateado entre Cortes e Miguel Skin, por causa da fraude no pagamento dos tributos na importação dos equipamentos. Skin era o maior fornecedor de medicamentos e equipamentos médicos do Rio de Janeiro.
Em depoimento, Vianna lembrou que quando foi convidado por Sérgio Cortes para assumir a subsecretaria de Saúde, foi avisado que ambos "estariam bem financeiramente" após quatro anos de governo. Cortes recebia a propina em uma conta do Bank of America, nos Estados Unidos, em nome de Skin, para ocultar seu verdadeiro dono.
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