Foto: Reprodução / Extra |
Em ação conjunta, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumpriram três mandados de prisão preventiva contra o ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. Os presos serão indiciados por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Desdobramento das Operações Calicute e Eficiência – braços da Lava Jato no Rio –, a Operação "Fatura Exposta" investiga fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e ainda o pagamento de propinas. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, também determinou 20 mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva, na capital fluminense e nos municípios de Mangaratiba e Rio Bonito. As investigações apontam que durante a gestão de Côrtes à frente da pasta – um período de 2007 a 2013 –, ele teria favorecido a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel e Estellita são sócios, nas licitações.
As demais empresas atuavam no esquema de forma a burlar a competitividade das concorrentes em detrimento do grupo. A operação apura também desvios na secretaria com pagamento de propina. Um dos beneficiados com o esquema era o então governador Sérgio Cabral, preso desde novembro de 2016 na Operação Calicute. Essa não seria a primeira vez que Côrtes vira alvo da Justiça. Em 2013, antes de deixar o cargo na secretaria, ele foi condenado por desvio de verba da Saúde para propaganda.
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