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Vale adulterou dados sobre volume de lama depositado, após rompimento de barragem

Vista de área atingida pela enxurrada de lama após rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG)(Ricardo Moraes/Reuters)
Um relatório da Polícia Federal apontou que a Vale, uma das acionistas da mineradora Samarco, adulterou dados sobre o volume de lama que ela jogava na barragem de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro do ano passado e matou dezenove pessoas na cidade mineira de Mariana. Segundo a edição desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo, a PF diz que o objetivo das mudanças era "iludir as autoridades fiscalizadoras".

A informação de que a barragem de Fundão também continha lama da Vale foi revelada pela Folha vinte dias após o desastre. A acionista produzia dois tipos de rejeitos em Mariana: lama, que era depositada na barragem da Samarco, e arenosos, que iam para o reservatório de Campo Grande. Segundo a reportagem daquela época, a quantidade de lama da Vale correspondia a menos de 5% do total depositado em Fundão.

Conforme mostrou o relatório da PF, em dezembro, um mês depois do desastre, a Vale modificou os últimos cinco Relatório Anuais de Lavra (RALs) que tinham sido enviados ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) - órgão da União - sobre a concentração do minério que produzia em Mariana. Com isso, o volume de lama lançado em Fundão ficou menor do que o informado inicialmente pela empresa. A polícia considera que foi justamente a elevada quantidade de rejeitos na barragem que causou sua ruptura.

Em nota enviada ao jornal, a Vale admitiu as alterações, mas disse que foram feitas "correções" e que todas as mudanças foram avisadas à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. "Em momento algum a Vale tentou atrapalhar ou confundir qualquer ato realizado pelo órgão fiscalizador. Ao contrário, deu total transparência ao conhecimento a quem de direito", disse.

Não é o que a PF diz: "Tal fato [adulteração] tem ocorrido para que a Vale se exima de suas responsabilidades com relação aos rejeitos depositados pela mesma na referida barragem [Fundão]", diz trecho do relatório do órgão.

(Veja)

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