Fotos públicas - Vale do Anhangabaú, São Paulo, 17 de abril de 2016 |
O PT e os partidos que apoiam Dilma não podem fazer o jogo da Casa Grande – e tentar um Golpe extra-constitucional.
A derrota é inquestionável: 367 x 137.
O problema não é só o tamanho da derrota, o 7 a 1.
É a tentação – já prevista aqui, neste Conversa Afiada: leia “Eleição já !” - de fazer um atalho e rasgar o que está na Lei.
O pior cenário é o mais plausível.
A Dilma deve perder na primeira avaliação do Senado, quando a decisão é por maioria simples.
Deixa a Presidência ao Temer por 180 dias.
Aí, ela perde de novo, dessa vez, uma decisão semi-final, quando o Senado votará por maioria de dois terços.
Se ela recorrer ao Supremo – com as lambuzadas lambanças de seu Advogado Geral da União – deverá perder de novo.
Portanto, a derrota da Câmara foi fatal.
O que fazer ?
Não tentar um Golpe – como esse bem-sucedido, do domingo 17 de abril de 2016.
Respeitar as regras do jogo.
E deixar o Temer governar com sua “Ponte para o Futuro”.
Botar o povo nas ruas.
E preparar as eleições de prefeito em 2016 e de Presidente, em 2018.
Sem a grana que elegeu essa Câmara de ignorantes e picaretas.
Quando as forças trabalhistas terão a seu dispor uma fabulosa plataforma: lembrar o Golpe e detonar a “Ponte para o Futuro”.
A narrativa trabalhista para 2018 é formidável.
Quando vencerá o Lula ou quem ele apoiar.
Preparar-se para 2018 tem a vantagem de acabar de emporcalhar a candidatura da Blablárina , de forma exemplar exposta no voto patético de seu “cérebro”, Miro Teixeira, um agente desencapado da Globo na Câmara.
O Golpe passou, provisoriamente.
Mas, para dar legitimidade à vitória em 2018 o Governo Dilma tem que se pautar pela Lei.
É uma forma de mostrar que nem tudo, aqui, é uma republiqueta latino-americana.
A Constituição é a melhor arma contra os canalhas brevemente vencedores.
E seguir o que o Supremo fixou, na relatoria do Ministro Barroso.
Fora disso será uma aventura – inútil.
Por Paulo Henrique Amorim
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