"Uma nova eleição é golpe, pois não está prevista na Constituição", ressalta a professora de direito |
Luciana Temer, professora de direito constitucional na PUC em São Paulo há 20 anos, defende que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff "não seria algo positivo à estabilidade democrática do país". Filha do vice-presidente Michel Temer, que já se articula para montar equipe para um eventual novo governo, Luciana tem manifestado receio em relação ao impedimento.
"O impeachment não é algo bom em lugar nenhum. Não se pode comemorar, já que 24 anos é um tempo muito curto de sustentação democrática para você ter dois impedimentos", disse Luciana Temer a alunos do curso de Direito da PUC São Paulo, citada em matéria da Folha de S. Paulo.
Luciana, contudo, refuta a tese de que o processo de impedimento contra Dilma se trataria de um "golpe", considerando que haveria um suporte para investigação sobre crime de responsabilidade. "Este processo, porém, é um processo com bases jurídicas. É errado dizer que isso é um golpe, já que há uma previsão constitucional."
A professora se colocou contra novas eleições. "Uma nova eleição é golpe, pois não está prevista na Constituição", explicou aos alunos.
Luciana Temer é secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da gestão Fernando Haddad (PT), em São Paulo.
Do Jornal do Brasil.
Comentários