"Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la". Edmund Burke |
Segunda-feira, 18 de abril de 2016, hoje, os mais de 54 milhões e 500 mil eleitores que reelegeram Dilma Russef para presidente do Brasil, certamente, acordaram com o sentimento de que foram, mais uma vez, acometidos pelos mesmos atos repudiantes e traumáticos do ‘golpe’ de 64, que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart, também conhecido como Jango. Dessa vez, não com tanques nas ruas e armas nas mãos, mas com torturas psicológicas politicas e religiosas, quando seus lideres respectivamente, abordam temas com frases de efeitos: “nunca houve na história do Brasil tanta corrupção e desvio de dinheiro público”, e ainda: “o PT é um partido das trevas”, falácias que deram certo. Não diferente de hoje, em 1964 o golpe teve apoio de boa parte de segmentos importantes da sociedade: os grandes proprietários rurais, a burguesia, o setor conservador e anticomunista da Igreja e das classes médias urbanas (que na época totalizava 35% da população do Brasil). A ideia dos conservadores é de que a massa continue inepta caminhando às cegas na sua ignorância politica, incapaz de distinguir honestos de corruptos, cidadãos de criminosos.
Verdade
A burguesia (e isso é notório) não admitia, e nem admite, e nunca admitirá que o proletariado tenha acesso ao conhecimento, que frequente os mesmos lugares, as mesmas faculdades de suas estirpes, e tentarão a todo custo manter esse distanciamento social.
Realidade
Com a inclusão e a ascensão das classes que, historicamente eram oprimidas e reclusas, pelo plano de governo popular do então presidente Lula, houve naturalmente uma mudança de comportamento social. O excluído começou a se ver, a enxergar possibilidades, vislumbrar o futuro, a desbravar o desconhecido pelo conhecimento, a se valorizar enquanto ser, a ter acesso a bens que, no passado, era impossível possuir.
A democracia pode até ser uma adolescente, com seus atos inconsequentes por vezes, mas é uma grande conquista histórica daqueles que viveram refém de um sistema ditatorial, e uma grande ferramenta para forjar uma nação nos moldes de um povo com valores e consciência política. Infelizmente a maioria dos jovens desta geração não consegue mensurar o real valor de uma democracia na praticidade do dia-a-dia, mas, quem sabe se, em apenas uma hora, de mãos atadas, boca fechada e olhos vendados, não se lhes abrem a consciência?...Ditadura, nunca mais!
Gerson Viomario Costa Novaes.
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