Alegando ter feito uma aposta ousada que não deu certo, o grupo JBS rescindiu um contrato de R$ 45 milhões com o cantor Roberto Carlos para que o “rei” fosse garoto-propaganda das carnes Friboi e dos produtos Swift, duas de suas principais marcas.
O rompimento provocou uma briga na Justiça pelo valor da indenização. Roberto Carlos queria R$ 7 milhões e o JBS aceitava pagar R$ 3,2 milhões. Profissionais ligados a JBS e a Roberto Carlos disseram que houve um acordo, mas não quiseram dizer o valor acertado.
A contratação do cantor foi anunciada em fevereiro, como uma jogada de mestre do JBS. Os executivos do grupo diziam ter procurado Roberto Carlos ao saber que ele tinha voltado a comer carne, depois de quase 30 anos. Depois dos bons resultados do ator Tony Ramos como garoto-propaganda das carnes Friboi, o grupo resolveu investir na contratação de estrelas.
Nos comerciais da Friboi, o cantor aparecia em um restaurante com um prato com carne a sua frente e contava que tinha voltado. Ao fundo, o refrão da música "O Portão", aquela do "Eu volteeeei!". A peça virou assunto, principalmente porque o cantor não aparece comendo a carne no comercial.
De acordo com profissionais que acompanharam o assunto, mas pedem para não ser identificados, pesquisas qualitativas encomendadas pelo JBS mostraram que o "rei" não tinha funcionado como garoto-propaganda da Friboi. Tanto que a campanha nem voltou a ser exibida.
Por essa parte do contrato, Roberto Carlos receberia cerca de R$ 25 milhões. Os outros R$ 20 milhões se referiam a uma outra campanha da marca Swift, nos Estados Unidos, que não chegou a deslanchar.
(Correio)
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