"cabelinho", acusado do crime |
O acusado de atear fogo e matar o comerciante Manoel Carlos Santana, 61 anos, se apresentou à polícia acompanhado por dois advogados na manhã desta quarta-feira (22), na Delegacia de Homicídios, situada no Complexo de Delegacias de Feira de Santana.
Gerônimo Navarro da Silva Filho, conhecido como Júnior ou Cabelinho, é apontado pela polícia como autor do crime que chocou a população baiana. De acordo com o delegado João Uzzum, há dados suficientes para comprovar a culpabilidade do acusado no homicídio e que diversas câmeras do sistema de segurança de estabelecimentos comerciais e da Secretaria Municipal de Prevenção a Violência (Seprev) registraram toda a ação.
A prisão preventiva do acusado, que não tem passagens pela polícia, foi decretada, porém devido à Lei Eleitoral (caput do art. 236), o mesmo só poderá ser preso 48 horas após o encerramento das eleições.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado informou que o objetivo de Júnior era matar a esposa da vítima, Vera Lúcia, por conta de um imóvel.
“Essa senhora adquiriu um imóvel há muitos anos no conjunto Feira IX por meio de financiamento, passou pra frente e não transferiu o imóvel. Muita gente morou lá, sendo que a última foi a mãe de Junior. Esse imóvel foi a leilão, porque havia uma empresa em nome de Vera Lúcia, e a Justiça do Trabalho leiloou para pagar verbas rescisórias da empresa e essas pessoas foram intimadas a saírem do imóvel - que foi uma situação legal. Mas esse indivíduo não satisfeito resolveu matar a senhora Vera Lúcia. Ele foi ao local, encontrou o esposo dela, que não tem nada a ver com o caso, e cometeu esse crime bárbaro e covarde”, contou Uzzum.
Manoel Castro antes de ser queimado |
Manoel Castro não resistiu aos ferimentos e morreu |
Antes de morrer, a vítima disse o nome do acusado para várias pessoas. “Júnior estava acompanhando por uma segunda pessoa, que estamos realizando diligências para localizar, e não há dúvida de que houve a intenção de matá-lo de forma lenta, porque ele imobilizou, algemou, derramou um líquido inflamável e acendeu um fósforo; acredito que por vingança. Um elemento covarde de personalidade doentia”, concluiu.
Manoel Carlos morreu na tarde de domingo (19), no Hospital Geral Clériston Andrade, onde estava internado desde a tarde de sábado, quando foi torturado, e teve 99% do corpo queimado na distribuidora de frangos, de sua propriedade, localizada na Avenida João Durval. Informações do Acorda Cidade.
Comentários