Debate entre os presidenciáveis na CNBB |
O debate realizado na noite desta terça-feira (16) pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) foi marcado pela falta de enfrentamento entre os principais candidatos à Presidência da República. Em nenhum momento, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), que lideram as pesquisas, se confrontaram.
O encontro só esquentou no final por causa de debates travados por Luciana Genro (PSOL), Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC), quando temas como os casos do mensalão do PT e do PSDB, a construção de um aeroporto em Minas Gerais e as recentes denúncias de corrupção na Petrobras foram discutidos.
Os enfrentamentos só ocorreram no penúltimo bloco, quando foi possível que candidatos fizessem perguntas para candidatos. Nanicos citaram casos de corrupção. Dilma e Aécio, então, pediram direito de resposta e foram atendidos pela organização do debate.
Por causa das regras estabelecidas para o encontro, Dilma e Marina não tiveram sequer uma oportunidade de direcionar perguntas uma à outra. Aécio, terceiro colocado nas pesquisas, também não conseguiu perguntar para suas adversárias e nem foi perguntado por elas.
Nos três primeiros blocos, os candidatos responderam aos questionamentos feitos por bispos e por jornalistas ligados às emissoras católicas. Não foram permitas réplicas ou comentários. Assim, restou aos presidenciáveis fazerem críticas indiretas aos seus adversários, aproveitando perguntas que tocavam em temas em discussão na campanha eleitoral. Mesmo assim, os candidatos tiveram dificuldade para concluir suas perguntas e respostas. O mediador, Rodolpho Gamberini, interrompeu os políticos várias vezes.
O debate da CNBB ocorreu no mesmo dia da divulgação de pesquisa Ibope, que mostrou uma queda de Dilma e um crescimento de Aécio. Marina se manteve estável.
(UOL)
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