O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou na noite desta quarta-feira 20 que continuará no comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, mesmo enfrentando protestos em todo o Brasil pedindo a sua saída. Durante a tarde, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a pedir à liderança do PSC para que o pastor renunciasse ao cargo.Segundo o portal G1, o pastor anunciou a decisão após uma reunião com o líder do partido, André Moura. “Eu continuo e sou presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados”, disse ao deixar o gabinete de Moura. Ele não quis comentar se poderia vir a renunciar. De acordo com Moura, o deputado deve continuar a “refletir” sobre sua permanência no cargo, enquanto enfrenta acusações de racismo e homofobia por declarações feitas em redes sociais, entre as quais chama os africanos de “amaldiçoados”. Em meio a tensão provocada por sua escolha, Feliciano não conseguiu comandar por mais de oito minutos nesta quarta-feira os trabalhos da Comissão em uma audiência sobre direitos de portadores de transtorno mental. Ele deixou a sala sob vaias e protestos de manifestantes. A sessão foi suspensa.
Em resposta à nomeação de Feliciano, um grupo de deputados criou nesta quarta a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos para assegurar a discussão de temas ligados à diversidade e às minorias, pautados pelos movimentos sociais e pelas populações historicamente excluídas. Segundo eles, a indicação do pastor para a presidência da Comissão inviabilizou esse debate.
Comentários