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Demitida, Furacão da CPI diz estar à base de remédio tarja preta


A advogada que ficou conhecida como Furacão da CPI, Denise Rocha, esteve na manhã desta terça-feira (7) no Senado Federal para falar com o senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre sua exoneração do cargo de assessora parlamentar, que foi publicada na última segunda (6).

Denise falou com o R7 sobre o "tormento" que está vivendo e classificou como "injusta" a demissão. Ela teve um vídeo íntimo divulgado entre parlamentares e jornalistas que cobrem a CPI do Cachoeira no Congresso e viu suas imagens serem publicadas na internet.

– Isso tudo é muito desgastante, uma grande injustiça que estou vivendo. A demissão antes de terminarem as investigações da polícia é precipitada, desumana e machista. Eu fui vítima de um canalha com quem estive há seis anos atrás e não poderia ser julgada assim. 

A Furacão da CPI explicou que nunca teve o vídeo íntimo que vazou e só soube dele em um depoimento da comissão, antes do recesso parlamentar. 

– Eu cheguei para o depoimento do prefeito de Palmas [Raul Filho] junto com ele e de repente vi as câmeras dos fotógrafos viradas para mim e não para ele. Estranhei, levei um susto, até que um assessor me puxou, saímos da sala e ele me explicou o que estava acontecendo. 

Segundo a ex-assessora, o vídeo foi produzido em um apartamento com um policial em 2006. Ela não ficou com as imagens e não sabe como elas vazaram depois de tanto tempo.

Quando foi informada do vazamento, procurou a polícia e a Delegacia da Atendimento à Mulher investiga o caso.

– Acho que uma pessoa dessa não posso nem chamar de ex-namorado. O que me revolta é que quem não faz isso? Não digo nem do vídeo, mas o ato. Como viemos ao mundo? Eu era uma menina na época, mas todo mundo faz sexo. É muito preconceito porque sou mulher. Se fosse um homem, seria a mesma repercussão? 

Demissão

No Senado, Denise recebeu a informação dos colegas do gabinete de Ciro Nogueira de que o senador só chegará a tarde a Brasília. Como está se recuperando de uma cirurgia feita há menos de um mês, ela decidiu não esperar e voltará a falar com ele depois. 

A ex-assessora se emocionou durante a entrevista. Tremendo muito, disse que tem tido dificuldade para dormir, tem tomado vários remédios "tarja preta" para se recuperar, mas não consegue.

– Eu estou passando mal, não estou bem. É tudo muito difícil, essa é a primeira vez que saio de casa. Só ia ao médico e ficava em casa desde que isso tudo começou. Meus pais também não saem, estão sofrendo. Me apóiam, mas estão sofrendo. 

Denise reclama que não consegue imaginar procurar um emprego agora e tentar tocar a vida como se nada tivesse acontecido. 

– Se o vídeo tivesse sido feito no Senado, eu teria que ser demitida sumariamente, mas não foi. Eu estou aqui dando a cara a tapa, batalhei a vida toda pelo meu trabalho. Vou tentar seguir a vida, mas como vou entrar num novo emprego sendo tratada como uma advogada que tem vídeo pornô na internet? É muito constrangedor.  (R7)

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