Os advogados
dos pais da menina Maria Eduarda, morta afogada na piscina de um resort na
Costa do Sauípe, no litoral da Bahia, entrarão na Justiça com pedido de
indenização de R$ 5,8 milhões. Em entrevista nesta quarta-feira (18), em São Paulo,
o advogado José Beraldo afirmou que houve negligência por parte dos
proprietários e dos salva-vidas do Complexo Costa do Sauípe. Representantes
do resort, porém, negam essa versão. Em nota, o complexo afirmou que havia
salva-vidas no local e que ela foi atendida por um profissional ainda na beira
da piscina. Em 12 de julho, um dos salva-vidas disse à Polícia Civil baiana que
estava na área, mas percebeu algo de errado apenas pela movimentação dos
hóspedes que a socorriam. De acordo com Beraldo, o valor da indenização por danos morais é de mil vezes o
preço do pacote pago por seus clientes pela estada - cerca de R$ 5,8 mil. A vítima, de 4 anos, morreu em 9 de julho ao cair na piscina
de adultos do resort. O pai dela, Rogines Alves, afirmou que tomava conta dela
e do outro filho, de 10 anos, e num momento de distração não a viu mais. Segundo Rogines, não
havia nenhum salva-vidas na área da piscina no momento do acidente. “Quem
socorreu foi um hóspede, que fez massagem [cardíaca] e respiração boca a boca”,
disse o pai da menina. “O socorro demorou mais de cinco minutos para chegar.”
Investigações
Beraldo pretende seguir com sua equipe de advogados para a Bahia neste fim de semana para pedir mais rigor nas investigações. “Nós queremos realmente que sejam todos ouvidos, funcionários, salva-vidas, hóspedes. Queremos as imagens das câmeras de segurança do resort.” De acordo com o advogado, da parte da vítima, apenas a mãe da criança foi ouvida rapidamente, no aeroporto de Salvador, momentos antes de embarcar para São Paulo - a família mora em Poá, na região metropolitana. O pai não chegou a prestar depoimento por conta do horário de seu voo. Questionada sobre como está sua vida agora, a mãe da menina, Dagmar Ribeiro, contou que está “sem ânimo”. “Não tem dor maior. Só quem passou por isso sabe a dor que é”, disse. “Parece que a vida acaba aqui. Mas preciso aceitar, pelo meu outro filho.” (G1)
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