Pela primeira vez um
chefe do tráfico de uma comunidade carioca não pacificada rendeu-se às
autoridades. Cristiano Santos Guedes, o "Puma", não é dos traficantes
mais conhecidos, mas ele estava foragido há dois anos, tem quatro mandados de
prisão pendentes e liderava o movimento no Morro da Quitanda, em Costa
Barros, na Zona Norte. Na mesma área, uma mulher de 19 anos morreu vítima de
bala perdida na terça-feira (26). Ao ser apresentado à imprensa na tarde desta
quarta-feira (27), na secretaria de Segurança Pública do Rio, "Puma",
da facção "Amigo dos Amigos", apontou a política de pacificação do
secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, como fator fundamental
na decisão de se entregar. "Eu sei que a pacificação pode chegar lá na
região que eu comandava. É melhor me render do que correr o risco de ser morto
em confronto. Além disso, não aguentava mais ficar escondido. Saí da cadeia, em
semiaberto, há mais ou menos uns cinco anos. Vivo escondido desde então. Tenho
sete filhos e quero vê-los crescer, acompanhá-los. É melhor pagar o que devo
logo e depois ter liberdade para cuidar da minha vida como uma pessoa
comum", apontou o criminoso. Seu contato com as autoridades foi através da
ONG AfroReggae. "É melhor sair agora do que deixar para largar esta
vida mais tarde, com grande chance de ser morto", acrescentou. (JB)
O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo. De cerca 1,5 milhão de espécies catalogadas pelos cientistas, 13% estão espalhados pelos biomas brasileiros. Por Afonso Capelas Jr. Foto de Araquém Alcântara Perereca-castanhola ( Itapotihyla langsdorffii ): Habita a Mata Atlântica do litoral brasileiro. Os anfíbios formam a base da cadeia alimentar, e no país está a maior diversidade do mundo, com mais de 800 espécies catalogadas. Essa variedade reflete-se na diversidade da fauna predadora. Um minúsculo sapinho amarelo que se conta em milímetros pula da unha da bióloga em Santa Catarina. É o pingo-d'ouro, um dos menores anfíbios do mundo, catalogado pela ciência apenas nos anos 1990 e endêmico da Mata Atlântica. No extremo norte do Pará, uma rã coaxa tão insistentemente que inquieta o tarimbado biólogo holandês Marinus Hoogmoed. É um exemplar de Leptodactylus myersi , só encontrado na região amazônica do Escudo das Guianas. O coaxo fascina o biólogo, que não o reconhece ao primei...
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