Uma criança de 2 anos morreu e a irmã gêmea dela está internada
no município de Vera Cruz, na Bahia, após agressão e violência sexual sofridas
na tarde de terça-feira (5), segundo informações da polícia local. O pai delas
é apontado como o autor dos crimes. Ele foi preso e está sob custódia da
delegacia de Vera Cruz. O coordenador do plantão policial, o
investigador Paulo Sérgio, informou ao G1 que a
gravidade dos ferimentos fez com que uma das crianças morresse antes de dar
entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da localidade de Mar Grande,
para onde foram levadas. A irmã permanece sob cuidados médicos na manhã desta
quarta-feira (6). A Secretaria de Saúde de Vera Cruz, por meio da assessoria de
imprensa, informou que a médica de plantão tentou reanimar a criança, mas não
conseguiu salvá-la. O órgão acrescenta que ela sofreu mutilações e o
atendimento foi feito na noite de terça-feira. "Ele mesmo levou as crianças para o
hospital dizendo que elas tinham caído da escada", afirma o delegado Lúcio
Ubiracê, titular de Vera Cruz. Familiares informaram que o pai estava
sozinho com as crianças em casa, quando começou a sessão de agressões por
motivo ainda desconhecido. As duas apresentavam hematomas e marcas de violência
sexual. “Ele nunca tinha feito isso. Pelo menos a
gente nunca soube. Não sei o que aconteceu. É uma situação horrorosa. Elas são
irmãs gêmas, mas não eram idênticas”, relata um familiar que prefere não
revelar o nome. De acordo com a delegacia de Vera Cruz, o
suspeito não apresentou documentos na delegacia, mas ele é conhecido da polícia
por autoria de furtos e assaltos na região. A mãe das crianças não foi
localizada. Segundo familiares, ela está presa em Salvador. Moradores da localidade de Conceição, onde
ocorreu o crime, ficaram revoltados com a brutalidade do crime e cercaram a
casa da família para acompanhar o trabalho da polícia. Eles prometem fazer uma
manifestação em frente à delegacia.
A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo País. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5. Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios.”Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa. O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a ...
Comentários