Depois de dois meses com poucos resultados concretos, a CPI mista (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do bicheiro Carlinhos Cachoeira não funcionará nesta semana, com expectativa de uma nova reunião apenas em 26 de junho --uma paralisação de 12 dias. A pausa, também por conta da conferência ambiental Rio+20, que atrairá vários parlamentares, dará tempo à área técnica da comissão para analisar documentos, na busca por informações ainda não obtidas pela Polícia Federal.
De acordo com ele, apenas 10% dos documentos solicitados até o momento já chegaram à comissão. "Nem o bruto das gravações da PF chegou até agora. Estamos insistindo com as devidas instâncias para avançarmos na nossa investigação", disse ele, que se diz "preocupado" com a demora.
A CPI deseja obter dados da PF, do STF (Supremo Tribunal Federal), do STJ (Superior Tribunal de Justiça), do Banco Central e de outras fontes que, até agora, não atenderam. "Quero acreditar que isso esteja acontecendo por questões burocráticas", disse o relator. “Este não é o momento de ouvir mais pessoas, é a hora de nos atentarmos para os dados ainda não cruzados e interpretados.”
A falta dessas informações fez Cunha sugerir uma medida polêmica: não convocar dois personagens do escândalo --os ex-dirigentes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antonio Pagot e da construtora Delta, Fernando Cavendish. Ambos podem ter se envolvido em casos de corrupção por conta da empreiteira que, segundo a PF, tem Cachoeira como sócio oculto. (UOL)
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