O apoio do deputado Paulo Maluf
(PP-SP_ ao pré-candidato petista Fernando Haddad é rejeitado por 62% dos
eleitores paulistanos, de acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto
Datafolha. Quando a aliança é avaliada por entrevistados "petistas",
a rejeição chega a 64%.
O anúncio do apoio do deputado,
que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, causou
crise na campanha de Haddad e fez a deputada Luiza Erundina (PSB) desistir de
ser a vice na chapa. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados responderam que
não votaria em candidatos apoiados por Maluf. Para 26% o apoio seria
indiferente e 12% seguiriam a indicação.
No entanto, a pesquisa revela
que apenas 17% das pessoas entrevistadas sabem que o deputado apoia Haddad e
70% desconhecem quem Maluf apoiará nessas eleições. Responderam aos
questionamentos 1.081 pessoas nos dias 25 e 26 de junho. A margem de erro é de
3 pontos percentuais para mais ou para menos.
O episódio só rendeu
positivamente para Erundina, cujo protesto foi apoiado por 67% dos eleitores.
Cabos eleitorais. A influência
de Lula para puxar votos caiu novamente. Nesta pesquisa, 36% dos eleitores
dizem que votariam num candidato apoiado pelo ex-presidente. Em janeiro, porém,
o índice era de 49%. Apesar da redução, Lula continua sendo o principal
influenciador. No levantamento realizado no dia 14, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin influenciava no voto de 29% dos entrevistados, seguido pela
presidente Dilma Rousseff (28%) e pelo prefeito Gilberto Kassab (12%).
Corrida eleitoral. A disputa
pela Prefeitura de São Paulo se manteve. O pré-candidato tucano José Serra
continua com 31% das intenções de voto, seguido pelo ex-deputado Celso
Russomanno (PRB), agora com 24% (três pontos acima) e por Haddad, com 6% (dois
pontos a menos). O deputado Gabriel Chalita (PMDB) também recebeu 6%, mesmo
índice do vereador Netinho de Paula (PC do B), que ainda não havia retirado a
pré-candidatura quando a pesquisa foi realizada. (Estadão)
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