O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB)
aguarda a indicação, pelo PT na Câmara, de um nome para a relatoria da chamada
CPMI do Cachoeira a fim de traçar um plano de trabalho. Vital foi escolhido
pelo PMDB no Senado para ser o presidente da comissão. Ele aceitou o convite
feito oficialmente na tarde de ontem (19). Segundo o senador, a instalação
oficial da comissão e a escolha do relator serão fundamentais para a definição
dos primeiros passos da investigação parlamentar. “Eu fui indicado pelo
partido, mas ainda preciso ser eleito pela comissão. Eu estou recolhendo os
nomes, a composição final será na terça-feira [24]. Meu ponto de partida será a
escolha do relator. Vou discutir com ele o modelo de formatação [do trabalho].
Aí vamos definir o roteiro”, disse. A finalidade da comissão é investigar as
relações do empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira –
preso por suspeita de explorar jogos ilegais – com parlamentares, agentes
públicos, empresas privadas e autoridades. De acordo com Vital, a ementa de
criação da CPMI é “muito ampla” por incluir como base de investigação as
operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. As duas operações tratam da
máfia de jogos ilegais, como o do bicho e caça-níqueis, da qual Cachoeira é
acusado de ser o controlador. “Primeiro temos que saber o que foi apurado nisso
[nas duas operações]. A partir daí vamos estudar tudo o que já foi investigado
e ver o que precisa ser aprofundado”, disse o senador sem adiantar se as
gravações telefônicas feitas pela PF serão solicitadas logo no início da CPMI. Vital
do Rêgo chegou a ser indicado pelo PMDB para ser o presidente do Conselho de
Ética quando foi apresentada representação contra o senador Demóstenes Torres
(sem partido-GO), principal parlamentar envolvido com Cachoeira. Por já ocupar
o cargo de corregedor da Casa, no entanto, o senador não pôde assumir o cargo.
Demóstenes também será investigado pela Corregedoria. Agora, Vital garante que
não há incompatibilidade. “Eu não pude no Conselho de Ética porque já sou
corregedor, já tenho uma função e havia uma incompatibilidade funcional. Agora
não tem esse problema porque a comissão mista de inquérito é outro fórum”,
explicou. A CPMI do Cachoeira foi criada ontem (19) pela manhã em sessão
conjunta do Congresso Nacional. Ela contará com 16 deputados e 16 senadores e
será instalada na próxima semana, provavelmente na terça-feira (24). São 15
membros de partidos maiores e um de legenas menores que, pelo tamanho das
bancadas, não teriam vaga na comissão. A escolha deles será feita de acordo com
a proporcionalidade dos partidos nas duas Casas. Por terem as maiores bancadas,
cabe ao PMDB no Senado indicar o presidente e o PT na Câmara indicar o relator
– escolha ainda não concluída pelo partido. (JB)
Harry Shibata, o legista da ditadura Nelson Teich pediu demissão nesta sexta-feira após um processo de fritura que incluiu seu linchamento pelas milícias virtuais. Ex-ministro Nelson Teich Foi “o dia mais triste” da sua vida, definiu. “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”. Bolsonaro defende o medicamento de maneira doentia, sem qualquer base científica. Há interesses econômicos — a Apsen, empresa farmacêutica que produz o medicamento, é de um empresário bolsonarista chamado Renato Spallicci. Há também uma necessidade doentia de tentar encontrar uma “cura” e o presidente da República ser o milagreiro. Bolsonaro pôs a faca no pescoço de Teich. “Votaram em mim para eu decidir. Acredito no trabalho dele, mas essa questão eu vou resolver”, disse o presidente Bolsonaro (psicopata) numa live com empresários. Teich havia escrito no Twitter que “a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com bas...
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