Ramires comemora depois de marcar pelo Chelsea contra o Barcelona no Camp Nou
Há anos o Barcelona amedronta adversários, quebra recordes e já foi considerada até a melhor equipe de todos os tempos. Mas nesta terça-feira mostrou que também é passível de falhas, inseguranças e sente a pressão. Com um golaço de Ramires, o Chelsea aproveitou o nervosismo rival e o pênalti perdido por Lionel Messi para avançar às final da Liga dos Campeões com o empate por 2 a 2, no Camp Nou.
O Chelsea descartou a chance de ‘final dos sonhos’ entre os rivais Barça e Real Madrid. Agora, espera o adversário para a grande final no dia 19 de maio, em Munique. O vencedor sai do duelo entre o time merengue e o Bayern de Munique, que acontece nesta quarta no Santiago Bernabéu.
Já o Barcelona vive situação complicada na temporada. Tem sua hegemonia colocada em xeque e será ainda mais pressionada depois da eliminação e a derrota para o Real Madrid, no domingo, que praticamente garantiu o título espanhol ao rival.
O Barcelona sucumbiu ao seu nervosismo e à sua insegurança. Não conseguiu manter seu estilo de jogo, apelou para os chutões e errou muito na troca de passes, uma de suas principais qualidades.
A equipe entrou em campo com uma formação diferente. Daniel Alves foi barrado pelo técnico Pep Guardiola que escalou três zagueiros, com Mascherano pela direita, Puyol pela esquerda e Piqué pelo meio em cima de Drogba. A equipe congestionou o meio de campo e tentava atuar pelas pontas, com Iniesta e Cuenca abertos.
A equipe mantinha seu estilo de jogo, com a troca de passes e o toque de bola, e empurrava o adversário contra a própria área, mas tinha grande dificuldade de infiltrar na defesa do Chelsea. Os ingleses armaram uma forte retranca com uma linha sólida e até Drogba participava da marcação.
O time catalão tinha mais oportunidades, e Messi teve duas chances, uma mandou para fora e outra foi defendida pelo goleiro Petr Cech. Quando conseguiu penetrar na defesa, o Barça se deu bem e abriu o placar aos 35 minutos com Busquets que aproveitou bom passe de Daniel Alves. O brasileiro havia entrado no lugar de Piqué que deixou o campo aos 25 minutos após encontrão com o goleiro Valdés.
O Chelsea tinha sérios problemas em sua defesa ao perder os dois zagueiros. Ainda aos 12 min, Cahill sentiu uma lesão sozinho e foi substituído. Logo após o gol do Barça, a situação ficou mais complicada porque o capitão John Terry foi expulso ao dar uma joelhada em Alexis Sánchez.
Com a defesa desarrumada, o Barça aproveitou os erros seguidos e ampliou quando Messi deu passe preciso para Iniesta marcar. A situação parecia ficar fácil, mas Ramires, que havia falhado no gol, teve um momento de genialidade e marcou um golaço por cobertura no encerramento do primeiro tempo.
O jogo já era quente e ganhou ainda mais pimenta no segundo tempo. O Barcelona se mostrava inseguro e aberto para os contra-ataques. Para completar, Messi teve a grande chance do jogo quando Drogba derrubou Fàbregas dentro da área. Na cobrança, o melhor do mundo mandou no travessão.
O clima esquenta e os jogadores trocam empurrões, até Messi deu sinais de nervosismo e precisou de Puyol fazer parte da turma do ‘deixa disso’. Como o Chelsea tinha a vantagem do resultado, armou uma forte retranca e até Drogba aparecia pela direita na marcação de Cuenca. O Barcelona tentava chutes de longa distância e saía do seu estilo de jogo, mas não teve sucesso. No fim, Torres empatou para o Chelsea e pôs fim ao sonho catalão. (UOL Esporte)
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