Desmoralizados pela divulgação de um áudio
em que seu líder, Marcos Prisco, aparece combinando um ato de vandalismo,
policiais militares em greve na Bahia já não consideram a anistia dos colegas
condição obrigatória para voltar a trabalhar. De acordo com o porta-voz Ivan
Leite, os movimentos em greve agora tratam como "desejável" a
liberação do colega, mas não condicionam o fim da greve a isso. Desde o início
da paralisação, a região metropolitana de Salvador já registrou mais de 150
homicídios. "Seria uma demonstração de bom senso do governo liberar o
colega, mas nossa luta é pelo pagamento de toda a GAP 4 (Gratificação de
Atividade Policial) ainda em 2012", disse. O governo propõe o pagamento
escalonado das GAPs 4 e 5 a partir de novembro deste ano. Os PMs recusam a
proposta e querem o pagamento da GAP 4 em março próximo e da GAP 5 em março de
2013. Na noite desta quinta-feira, a categoria decidiu seguir a paralisação em
assembleia geral. A continuidade da greve se deu por aclamação, e os centenas
de presentes ao encontro entoaram cantos de "Oooo, a PM parou" e
"PM, unida, jamais será vencida". Ainda de acordo com Leite, o
movimento grevista não tem como reivindicação a anistia criminal por não
reconhecer que tenha cometido nenhum delito. "Não me sinto à vontade para
falar em 'anistia' porque sequer vimos mandados", disse ele, e
acrescentou: "fomos acusados de crimes cometidos durante o cerco de
militares à Assembleia Legislativa Baiana". (JB)
A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo País. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5. Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios.”Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa. O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a ...
Comentários