Foto: Rodrigo Lago/Bahia Notícias
O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares
da Bahia (Aspra), Marco Prisco, negou que o movimento grevista liderado por ele
no estado seja parte de uma estratégia maior para pressionar a votação da PEC
300 no Congresso. A Proposta de Emenda à Constituição pretende estabelecer como
piso salarial nacional de policiais e bombeiros os vencimentos dos
profissionais no Distrito Federal. Em entrevista ao programa Acorda pra Vida,
da Rede Tudo FM 102.5, Prisco refutou as declarações feitas por representantes do governo estadual de que existiria uma
cartilha nacional da Associação Nacional de Entidades Representativas
de Praças Militares Estaduais (Anaspra) que orientaria as ações por todo o
país. “A PEC que interessa é a 102, que defende a desmilitarização e unificação
das polícias, para que tenhamos direito à sindicalização e à greve”, afirmou o
líder grevista. Além dos pontos citados, a PEC, de autoria do senador Blairo
Maggi (PR-MT), também determina a adoção de piso nacional, a ser fixado por
lei. Prisco ainda recusou associar os policiais militares aos crimes acontecidos
nos últimos dias. “Nós não somos culpados disso. Tenho certeza que nenhum
desses policiais que foi preso fez nada disso”, assegurou. O presidente da
Aspra destacou ainda o fato de não ter sido reintegrado à PM, apesar das
decisões judiciais que o amparam. “Eu tenho duas decisões do Pleno [do Tribunal
de Justiça] que mandam me reintegrar. Ao não fazer isso, o governador está
cometendo um crime. Não eu”, argumentou. Segundo ele, o movimento permanecerá
enquanto não houver revogação dos mandados e das prisões já efetuadas de
policiais grevistas. (Bahia Notícias)
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