Uma mulher que tentava retirar o filho do submundo das drogas terminou
se juntando a ele, em São Paulo, de acordo com reportagem do site do
Estadão. Vera Lúcia, de 45 anos, chegou à cracolândia há dois e conta
que, na época, tinha apenas um objetivo na cabeça: resgatar dali o filho
adolescente que havia se tornado dependente químico. Então auxiliar de
enfermagem, sua ideia era voltar para Bragança Paulista, no interior
paulista, e continuar a vida normalmente. Entretanto, a missão não foi
cumprida, e ela terminou também sugada pelo vício. Atualmente, Vera vive
na área com os filhos Leonardo, de 19 anos, e o adolescente, atualmente
com 16, que a levou a essa viagem de difícil retorno. Hoje, a mulher é
catadora de materiais recicláveis. Seu trabalho serve, dentre outras
coisas, para sustentar o vício. Vera fuma em média dez pedras de crack
por dia.
A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo País. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5. Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios.”Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa. O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a ...
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