A presidente Dilma Rousseff ironizou nesta sexta-feira (2), em
Caracas, a declaração de amor feita a ela pelo ministro do Trabalho, Carlos
Lupi (PDT), no mês passado e disse que fará uma análise "objetiva"
para decidir, a partir de segunda, se ele permanece na pasta. Questionada se o
"Dilma, eu te amo" lançado por Lupi durante sessão da Comissão de
Fiscalização e Controle da Câmara no dia 10 havia influenciado a decisão da
mandatária de mantê-lo no cargo até agora, apesar do parecer contrário da
Comissão de Ética da Presidência, ela respondeu:"Eu tenho 63 anos de
idade, uma filha com 34 anos, um neto de um ano e dois meses. Eu não sou
propriamente uma adolescente e eu diria também [que não sou propriamente] uma
romântica. Acho que a vida ensina a gente. Acho que a gente tem de respeitar as
pessoas, mas eu faço análises muito objetivas." "Qualquer situação
referente ao Brasil vocês podem ter certeza que eu resolvo a partir de
segunda-feira", continuou. Na quinta-feira, antes de embarcar rumo à
Venezuela, Dilma disse a Lupi que a única chance de ele permanecer no cargo até
a reforma ministerial era fornecer explicações "convincentes" sobre o
fato de ter ocupado, simultaneamente, dois cargos públicos por quase cinco
anos. O acúmulo ilegal, na Câmara dos Deputados em Brasília e na Câmara
Municipal do Rio, foi revelado pela Folha na quarta-feira e resgatou no governo
a disposição de vê-lo fora da Esplanada. A presidente está em Caracas para
participar da cúpula de criação da Celac (Comunidade de Estados
Latinoamericanos e do Caribe), que reunirá os países das Américas, com exceção
de EUA e Canadá. Ela teve reuniões bilaterais com Hugo Chávez (Venezuela), Evo
Morales (Bolívia) e Cristina Kirchner (Argentina). (UOL)
imagem da internet A votação do projeto de lei que prevê passe livre para deficientes físicos em ônibus intermunicipais, encaminhado para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) pelo governador Jaques Wagner (PT), foi adiada para 2012. A retirada da matéria da pauta gerou protesto de cerca de 100 deficientes físicos que acompanhavam a sessão nesta terça-feira (20). O grupo tentou ocupar o plenário da Casa para forçar a votação, mas a manifestação foi contida por seguranças. Segundo o líder do governo na Assembleia, deputado Zé Neto (PT), o projeto não foi votado por falta de acordo entre os parlamentares para dispensa de formalidades, como a tramitação pelas comissões. De acordo com informações do jornal A Tarde, a oposição à proposta partiu da própria bancada do governo, especialmente do deputado Ronaldo Carletto (PP), que também é empresário do setor de transporte intermunicipal.
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