Ele fazia questão de dizer que tinha o corpo fechado e desafiava a polícia que tentava capturar desde junho de 2010. Comandava o tráfico de drogas em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, e, segundo o delegado da cidade, fundou o Primeiro Comando do Interior (PCI). Mas, ontem, depois de ameaçar botar fogo na delegacia e queimar um bar no centro da cidade, o traficante Edmílson Bispo Santos Júnior, 27 anos, não conseguiu escapar da ação policial e tomou oito tiros. Os disparos atingiram o bandido em diversas regiões do corpo: um na cabeça, três no tórax, dois no braço e dois nas pernas. Ele foi baleado quando tentava fugir da Polícia Militar num matagal na Ponte dos Três Riachos, próximo do bairro Viradouro, onde atuava. Júnior recentemente passou a ser a carta Às de Copas do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP), mecanismo que identifica os bandidos mais procurados do estado. O titular da 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Santo Amaro, delegado Joaquim José de Souza, explicou que uma guarnição da PM foi recebida ontem a tiros pelo traficante. Delegacia - Mesmo baleado, Júnior procurou um advogado e se entregou na delegacia da cidade, de onde foi levado para o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, a 107 quilômetros de Salvador. No fechamento desta edição, às 22h, ele permanecia no hospital, já com indicação de alta e escoltado por diversos policiais. Júnior tem três mandados de prisão contra ele por assalto e tráfico. Junto com Júnior estava Lucas Santos da Silva, 21 anos, que também foi baleado no confronto. Ele foi atendido e depois transferido para a carceragem da delegacia de Cachoeira. Um revólver calibre 38, uma quantidade não divulgada de maconha e mais um revólver, de calibre 32, que estava sendo utilizado por Júnior, foram apreendidos durante a operação. O delegado titular de Cachoeira, Laurindo Neto, disse ontem que a prisão de Júnior significa muito para a segurança da cidade. “Todos os comparsas dele estavam sendo presos ou se entregando à polícia”, contou. Segundo o delegado, Júnior é o mentor da criação da facção criminosa Primeiro Comando do Interior (PCI), inspirada no grupo paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). O CORREIO denunciou a ação do traficante no mês passado. Em nota, a Polícia Civil informou que nos últimos dias parentes do traficante procuraram a delegacia de Cachoeira para negociar a rendição. O delegado Joaquim José reconheceu a periculosidade de Júnior, mas contemporizou a criação da facção criminosa. “Apesar da periculosidade de Júnior, desconhecemos a existência de uma facção criminosa com atuação em Cachoeira, criada por ele ou por qualquer outro traficante. A família revelou que o próprio Júnior ficou assustado com a fama”, disse. (Correio)
A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo País. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5. Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios.”Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa. O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a ...
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