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Jequié: Manda quem pode obedece quem tem juízo. Ex-diretora da Vigilância Sanitária diz que sua exoneração não foi apenas represália

A ex-diretora municipal de Vigilância Sanitária e Ambiental, médica veterinária Magali Chaves, considera que a sua exoneração do cargo datada de 19/09 não ocorreu apenas por questões políticas, em represália à vereadora Nara Rúbia Peligrine, responsável pela sua indicação.  “Fui exonerada no dia 19  e só soube no dia 22, às 18h, ato que até mesmo o Secretário Municipal de Saúde  alegou não ter conhecimento”. Num extenso relato feito ao Jequié Repórter, a ex-diretora, diz que mesmo já estando exonerada, sem que soubesse, representou a Secretaria de Saúde no dia 22, em uma reunião na 13ª DIRES, “a administração não cumpriu com os princípio básicos, no que se refere a moralidade  não me informando da  exoneração deixando que eu continuasse  desempenhando normalmente as minhas atividades”. Magali Chaves, que está integrando a comissão de sindicância que apura o descarte irregular de medicamentos num terreno próximo ao Loteamento Amaralina conta que, no dia 26 de agosto foi solicitada a sua presença na Prefeitura e  lá chegando às 10h,   esteve com dois secretários municipais que a conduziram até o gabinete do prefeito  e disseram que gostavam  do seu trabalho, mas que se ela continuasse a notificar, autuar e interditar setores da prefeitura  estaria prejudicando  politicamente o Prefeito “eles me pediram que não fizesse mais isso e que ao invés de documentar  eu poderia procurá-los pessoalmente e falar sobre os problemas, caso contrário eu seria exonerada, já que sou cargo comissionado assim como eles”. A ex-diretora da Vigilância Sanitária Municipal lembra ainda que o Centro de Saúde Almerinda Lomanto,  a USF Rubens Xavier o Centro de Saúde de Jequié somente começaram a ser reformados após terem sido  interditados pela VISA.  O Restaurante Popular foi autuado por descumprir as normas sanitárias e agora está fechado para reforma. Diz ainda que várias unidades de saúde foram notificadas e autuadas por não atenderem  a legislação sanitária vigente, sendo que  algumas passaram por pequenas melhorias após as notificações. O Centro de Endemias foi notificado a suspender suas atividades no prazo de 24h, o que não foi feito e a sua interdição já estava agendada. Magali diz que em relação a ameaça de exoneração transmitida pelos dois secretários,  ela respondeu que  eles ficassem à vontade  para  tomarem a decisão que achassem necessária  “que poderiam me exonerar porque eu jamais iria aceitar uma proposta tão absurda, de infringir a Constituição Federal no seu Artigo 37 que diz que a administração pública deve obedecer os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade , publicidade e eficiência. O agente público deve tratar a todos de forma igual, eu não poderia tratar o particular diferente do público”, explicou. (Fonte: Jequié Repórter)

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