A presidente Dilma Rousseff pode demitir ainda hoje o ministro da Defesa, Nelson Jobim, por conta de declarações sobre colegas do ministério que serão publicadas nesta sexta-feira pela revista Piauí. Nelas, Jobim diz que a ministra diz que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, é "fraquinha", e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da CasaCivil, "não conhece Brasília". Esta não é a primeira vez que Nelson Jobim entra em atrito com o governo. Em entrevista recente ao programa "Poder e Política", da Folha de S. Paulo, o ministro declarou que votou em José Serra nas eleições de 2010. Jobim está em Tabatinga, no Amazonas, onde assina um plano de vigilância de fronteiras entre Brasil e Colômbia. Ele deve chegar a Brasília no final do dia. Ontem, ele teve uma audiência com Dilma Rousseff, quando a presidente ficou a par do conteúdo da entrevista à revista Piauí. Na entrevista, referindo-se às negociações sobre o sigilo eterno de documentos, Jobim afirmou que "é muita trapalhada". "A Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, é muito fraquinha", disse. Para Jobim, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, "nem sequer conhece Brasília". Jobim também relata conversa que teve com Dilma ao convidar José Genoino para trabalhar no Ministério da Defesa. Segundo Jobim, Dilma teria perguntado se Genoino seria útil, ao que o ministro respondeu: "presidenta, quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu". Jobim afirma ainda que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso são sedutores. "Só que de maneiras diferentes. O Lula diz palavrão, o Fernando é um lorde".
A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo País. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5. Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios.”Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa. O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a ...
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