A juíza Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, estava sendo ameaçada por milicianos e traficantes, conforme relatou à polícia seu primo Humberto Nascimento. Ela foi executada com ao menos 15 tiros dentro de seu carro na noite da última quinta-feira, na porta de casa, em Piratininga, região oceânica de Niterói. Segundo ele, a magistrada, a primeira assassinada pelo crime organizado no Rio de Janeiro, teve a segurança pessoal retirada por odem do então presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Luiz Sveiter, hoje presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). "Ela era considerada uma juíza linha dura, 'martelo pesado' como se chama. Sempre com condenações em pena máxima de gente ligada à máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo, que estava crecendo absurdamente, policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas", afirmou Humberto Nascimento. Ainda segundo ele, a prima sempre recebeu ameaças de pessoas envolvidas com máfias, grupos de extermínio e traficantes que atuam em São Gonçalo, sendo que as últimas eram relativas a milícias que agem no município. Segundo testemunhas, o ataque foi feito por homens encapuzados em duas motos e dois carros por volta das 23h30 de quinta-feira. Pelo menos 16 tiros de pistolas calibres 40 mm e 45 mm foram disparados contra o Fiat Idea Weekend cinza da magistrada quando ela chegava em casa. Todos acertaram o lado da motorista, sendo oito diretamente o vidro. As balas atingiram principalmente a cabeça e tórax da juíza, que não andava com seguranças. (TERRA)
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