O delegado Edson Moreira, chefe do departamento de investigações de Minas Gerais e um dos responsáveis pelo inquérito sobre o sumiço de Eliza Samudio, disse que as declarações dadas por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ao programa “Fantástico”, da Rede Globo, neste domingo (31),“são totalmente contrárias às provas colhidas nos autos”. “O inquérito está corroborado por provas documentais, periciais e testemunhais. E, em nenhum momento das investigações apareceu essa versão ou eles (réus) quiseram falar sobre isso”, afirmou Moreira. Na entrevista gravada na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), e veiculada neste domingo, Macarrão afirma ter dado R$ 30 mil a Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza, no sítio do atleta, em Esmeraldas (MG), e a teria deixado em um ponto de táxi, em seguida. Macarrão nega ter tido participação na suposta morte da modelo, desaparecida desde junho do ano passado.“Essa história de que ela foi dada para os cães e concretada eu não fiz isso não”, afirmou. A versão apresentada agora por Macarrão é parecida com a do goleiro Bruno Souza dada durante audiência de instrução e julgamento realizada em novembro do ano passado, no Fórum de Contagem (MG). O atleta havia citado que Eliza tinha sido deixada em um ponto de táxi. “O importante é dizer o seguinte: as provas foram muito bem consubstanciadas, e ela (Eliza Samudio) está morta”, disse o delegado. “Jamais uma pessoa iria deixar alguém em um ponto de táxi e depois queimar a mala dessa pessoa, no sítio, como fizeram em seguida. Essas afirmações vão totalmente contra o inquérito”, afirmou Moreira.
(G1)
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