Dos 1.305 processos que constam na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, 50 casos envolvem autos de resistência (quando o policial mata alegando legítima defesa), segundo o juiz Fábio Uchoa, que substituiu a juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros há uma semana em Niterói, região metropolitana do Rio. Ainda segundo Uchoa, até o fim do ano serão julgados dois crimes envolvendo policiais e ex-policiais. Conhecida por sua atuação rigorosa, a magistrada assassinada tinha um histórico de condenações contra policiais. Patrícia estava organizando uma força-tarefa para investigar crimes cometidos por policiais militares envolvidos com milícias em conjunto com a Corregedoria da PM e promotores do Ministério Público. O presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), Manoel Alberto Rebêlo, pediu a transferência dos policiais militares que são réus em processos da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Na quinta-feira (18), Rebêlo disse que já tem a lista com os nomes dos PMs do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM) que serão transferidos para outros batalhões no Estado. Rebelo não informou quantos PMs serão remanejados e nem quando entregará a lista à Secretaria Estadual de Segurança Pública.
A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo País. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5. Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios.”Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa. O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a ...
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