O adolescente Nafar Ribeiro da Silva, 17 anos, o Shon, viajou 10 mil km da Suécia para o estado de São Paulo para viver um conto de fadas. A ficção com direito a princesa que seria salva por ele – o herói que resgataria a linda jovem órfã das garras da madrasta má –, tinha como pano de fundo salas de bate papos da internet. No território, manteve um relacionamento virtual de dois anos e meio com uma menina que acreditava ter 16 anos. Mas o conto de fadas se desfez, no dia 20 último, quando Nafar chegou na casa da namorada, que dizia ser espancada pela mulher do pai morto, em Ribeirão Preto, São Paulo. A sua princesa era, na verdade, uma criança com pais vivos e inconformados que chamaram a polícia para prendê-lo. O jovem acabou no Juizado da Infância e da Juventude, em Salvador, desde a última quarta-feira, quando o avião em que viajava de volta para a Suécia fez uma conexão na capital. “Impedimos porque ele não tinha um documento de autorização da irmã [que vive na Suécia] para voltar”, afirmou o juiz Salomão Resedá, titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude. Mas, até ser acolhido pelo juizado, o jovem passou por uma via crucis. “Dormi três noites no aeroporto”, revelou. Nafar veio para o Brasil com autorização da irmã, Alexandra Ribeiro Abrahamsson, 42, que detém a guarda dele desde a morte dos pais, a mãe de infarto, em 2000, e o pai de traumatismo craniano, em 2005. “Ele me disse que já havia falado com a mãe dela que teria autorizado o encontro”, disse a irmã, via Skipe. O adolescente vive com a irmã e o marido dela há um ano e meio. “Quando fui para lá, já conhecia a minha namorada”. Mesmo com a decepção amorosa, ainda tem esperança de viver o amor. “Quando ela crescer, quem sabe”, sussurrou. No entanto, acredita ter aprendido uma lição: “Não dá para acreditar em tudo da internet”. Já a irmã disse tirado outra lição. “Impor limites para internet. Filhos não tem asas mas querem voar. Podia ter acontecido uma tragédia”. (A Tarde)
A facilidade de acesso e o baixo custo do crack estão fazendo com que a droga se alastre pelo País. Uma pesquisa divulgada na segunda-feira (7) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que o crack está substituindo o álcool nos municípios de pequeno porte e áreas rurais. Nos grandes centros, uma pedra de crack custa menos de R$ 5. Dentre os 4,4 mil municípios pesquisados, 89,4% indicaram que enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território e 93,9% com o consumo. O uso de crack é algo comum em 90,7% dos municípios.”Verificamos que o uso de crack se alastrou por todas as camadas da sociedade, a droga que, em princípio, era consumida por pessoas de baixa renda, disseminou-se por todas as classes sociais”, aponta a pesquisa. O relatório mostra que 63,7% dos municípios enfrentam problemas na área da saúde devido à circulação da droga. A fragilidade da rede de atenção básica aos usuários, a falta de leitos para a internação, o espaço físico inadequado, a ...
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