Secretária Paulina Duarte, do Senad, defende treinamento de voluntários para ajudar usuários
O governo federal pretende oferecer treinamento a até 50 mil professores das redes públicas de ensino, em 2012, com informações sobre como enfrentar o crack e formas de abordar o problema nas escolas. De acordo com a secretária Paulina Duarte, que coordena o Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), a iniciativa faz parte do plano nacional de combate ao crack, lançado pelo governo no ano passado. A expectativa inicial do governo era lançá-la ainda no 1º semestre de 2011, mas o levantamento de dados só deve ficar pronto no final do ano. Com a pesquisa, que pretende abordar 25 mil pessoas (inclusive nas zona rural), será possível apontar com precisão o número de dependentes do crack no país e o perfil desses usuários. Isso, diz Paulina, facilitará a criação de programas de tratamento aos pacientes no SUS (Sistema Único de Saúde). Apesar do atraso, a secretária informou que o governo já iniciou o contato com os Estados e alguns municípios para definir estratégias para enfrentar as “cracolândias” nas cidades. O governo também pretende iniciar, ainda neste mês, um mapeamento de todas as comunidades terapêuticas de tratamento aos usuários de drogas no país, coordenadas por ONGs (organizações não-governamentais). De acordo com Paulina, o objetivo é convidar, em edital que será publicado nas próximas semanas, essas instituições a trabalhar em parceria com o governo, mas ainda não foi divulgado quanto será investido nessas ONGs. Questionada sobre a internação compulsória de usuários de crack, medida que passou a ser adotada recentemente por algumas cidades, como o Rio de janeiro e São Paulo, Paulina evitou fazer críticas, mas disse que “as experiências mundiais e pesquisas científicas apontam que os melhores resultados ocorrem quando as pessoas estão motivadas” a participar do tratamento – daí a importância da formação de educadores, principalmente daqueles que atuam nas escolas que atendem à população de baixa renda.
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