A prefeitura de Salvador e o governo do estado ainda não conseguiram se entender quanto à escolha do modelo de transporte de massa a ser implantado na avenida Paralela. Em junho, o estado já tinha anunciado o sistema de trilhos alimentado pelo BRT (ônibus de trânsito rápido), escolhido após análise de sete projetos apresentados por empresas. Como foram utilizados elementos de cinco deles, os R$ 2,5 milhões destinados ao pagamento do projeto vencedor seriam rateados entre as cinco. Também foi prometida a conclusão de um termo de referência com as especificidades do sistema, até o dia 22 de agosto. As empresas ainda não viram a cor desse dinheiro e, quanto ao termo, o secretário de Planejamento, Zezéu Ribeiro, anunciou que o prazo não será cumprido, segundo ele, por culpa da prefeitura. Dias depois do anúncio feito pelo estado, o chefe da Casa Civil municipal, João Leão, apareceu com um projeto alternativo de instalar corredores de BRT provisórios na Luiz Viana, que evoluiriam para metrô depois da Copa. “O sistema é incompreensível, problemático e com uma perda enorme (de tempo e dinheiro)”, avaliou Zezéu. João Leão rebate: “A gente ainda não entrou em um acordo porque o estado não diz o que quer. Só dizem: ‘eu quero trilho, eu quero trilho’, mas não sabem nem se é metrô ou monotrilho”. Segundo Leão, não há nenhum entrave por parte do município para que haja um acordo. Mas o acordo não saiu até agora, e a situação vai ficando cada vez mais complicada. O ministro das Cidades, Mário Negromonte, disse ontem, 1º, “é bom eles se resolverem logo e enviarem pra gente o projeto, porque já venceram todos os prazos.
(Correio)
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